Quanto custa um apartamento? Confira todos os detalhes!

Quanto custa um apartamento? Confira todos os detalhes!
Giovana Costa

Por Giovana Costa

09 novembro 2023

Você já se perguntou: “Quanto custa um apartamento?”. Se está na jornada de compra de um imóvel, certamente, sim. Mas não se preocupe, é possível desvendar esse questionamento a partir de alguns pontos.

Vale lembrar que não há uma resposta definitiva, pois o preço de um apartamento pode mudar de região para região, além de variar de acordo com as suas próprias características e a movimentação do mercado imobiliário.

Ainda assim, é possível compreender quais são as principais variáveis, entender qual é o melhor custo benefício para o seu orçamento e encontrar uma média de custo em relação à negociação do preço.

Confira, a seguir, todas as informações necessárias para saber quanto custa um apartamento.

Quanto custa comprar um apartamento?

É importante considerar que os valores dos apartamentos dentro do mercado imobiliário podem variar bastante de uma cidade para outra, pois existem algumas variáveis que determinam os custos, e essas mudam de região para região.

Dessa maneira, o valor de um imóvel em São Paulo certamente será muito diferente de um apartamento em Porto Alegre, por exemplo.

Dessa forma, a dica é se basear nas características que determinam o preço, analisar os juros e entender qual é o padrão de apartamento que você está buscando.

Fluxograma em tons de cinza, azul claro, azul escuro e branco, mostra diversas possibilidades para que você escolha qual é a melhor opção de localização do seu imóvel dos sonhos, de acordo com a sua necessidade e realidade atual.
Fluxograma mostra diversas possibilidades para que você escolha qual é a melhor opção de localização do seu imóvel dos sonhos. Fonte: Live

Assim, é possível pesquisar várias opções de apartamentos dentro do mesmo padrão, em uma mesma região, para conseguir analisar de forma adequada a precificação geral do bairro e também do tipo de imóvel buscado, antes de fechar a compra.

Esse processo facilita a maneira de descobrir o preço definitivo de um apartamento, em determinada região, e ainda, respeitando o seu orçamento e a sua realidade durante a jornada de compra do imóvel dos sonhos.
Para isso, é essencial entender qual é o seu poder de compra. Da mesma maneira, é interessante se organizar e até mesmo fazer a simulação do financiamento imobiliário. Então, não deixe de verificar essas informações antes de tomar qualquer decisão.

E vale lembrar que ao final da jornada, você também precisará arcar com os custos de mobiliar o seu apartamento.

Como é determinado o valor de um imóvel?

Para entender quanto custa um apartamento, é importante compreender como o seu valor é determinado. Existem muitos fatores que compõem essa determinação.

Em primeiro lugar, o valor do imóvel é determinado pela oferta e pela demanda. Por exemplo: um imóvel localizado no centro de uma cidade dinâmica como São Paulo, assim como um apartamento no litoral, próximo a alguma praia famosa, tendem a ser mais caros.

Isso porque, a cotação varia de acordo com a comparação com outras propriedades. Por exemplo: quanto mais pessoas desejam tal localização, maior é a demanda, e assim, maior é o preço.

Em segundo lugar, é preciso avaliar algumas características específicas em relação ao próprio imóvel que influenciam no preço do apartamento. Confira, a seguir, quais são elas.

1. Localização

A localização é um dos principais pontos que influenciam diretamente no valor do imóvel, principalmente por ser um dos aspectos mais decisivos no momento da compra. Além disso, o custo também tende a variar entre as cidades, regiões, municípios e bairros.

Isso porque, quanto mais perto de áreas centrais ou até mesmo de bairros nobres, mais alto é o custo. Novamente, por conta da demanda, que valoriza a oferta e eleva os valores.

Em geral, as unidades de padrão econômico podem custar até R$ 250 mil, enquanto as de médio padrão podem custar até R$ 500 mil, e as de luxo, podem custar a partir de R$ 1 milhão, por exemplo.

Da mesma maneira, a localização também está conectada a oferta de produtos e serviços, como transporte, saneamento, luz etc. Assim, como está diretamente ligada à questão da segurança, portanto, imóveis localizados em regiões mais seguras tendem a ser mais caros.

2. Tamanho do imóvel

O tamanho do apartamento também é uma característica que conta muito, afinal, quanto maior o espaço disponível, mais valorizado, e assim, mais custoso.

Da mesma forma, também é considerada a dimensão do imóvel em termos de aproveitamento do espaço interno, afinal, não adianta o apartamento ser grande, mas oferecer pouco espaço disponível para uso em seu interior.

Ou seja, um imóvel bem construído, organizado e planejado de forma adequada costuma ter mais valor do que um apartamento similar, até mesmo em uma localização próxima, mas feito a partir de decisões arquitetônicas não tão convenientes para o comprador.

3. Layout: número de quartos, suítes e banheiros

Outra característica que influencia diretamente no valor é o layout do apartamento, ou seja, o número de quartos ou banheiros que oferece.

Afinal, a quantidade  de cômodos influencia em como o layout será configurado, e portanto, está diretamente ligado ao tamanho, e também, ao conforto.

Planta do apartamento de 229 m² com três suítes do Casa Brasileira Itaim.
Planta do apartamento de 229 m² com três suítes do Casa Brasileira Itaim. Fonte: Apto

Por exemplo, um apartamento de 90 m², com 2 dormitórios, muito possivelmente custará mais do que um apartamento de 30 m² com apenas um quarto.

4. Acabamentos

Os acabamentos também são um critério importante para o valor, afinal, costuma ser uma das etapas mais caras durante a construção do apartamento, isso porque, sua qualidade influencia diretamente na valorização do empreendimento.

Sendo assim, ainda que o seu imóvel esteja localizado em uma região nobre, em uma área valorizada, com muita segurança, serviços e numa localização próxima a muitos comércios, se tiver sido construído com materiais de baixa qualidade, seu valor de venda será reduzido.

Portanto, é uma característica muito importante que diz respeito à qualidade do seu apartamento.

5. Estágio da construção

Uma característica que pode interferir diretamente no preço do imóvel é o estágio da construção, ou seja, o status da obra de determinado empreendimento.

Isso porque, pensando a curto prazo, um imóvel pronto para morar costuma ser mais requisitado do que um apartamento na planta. Por exemplo, por pessoas que desejam morar no novo imóvel imediatamente.

Por esse motivo, muitas pessoas realizam a compra antes do bem ser construído, a fim de conseguir preços mais vantajosos para o orçamento da compra.

6. Estruturas de lazer no condomínio

O lazer é um dos principais pontos que compradores de móveis buscam durante a jornada de compra do imóvel. Afinal, contar com uma área de lazer facilita bastante no dia a dia, já que é possível se divertir em casa, sem precisar se locomover ou pegar trânsito.

Piscina com solarium, em meio a palmeiras, num clima bastante praiano, do empreendimento Living Duett Mooca.
Piscina com solarium do Living Duett Mooca. Fonte: Apto

Seja uma churrasqueira, piscina para as crianças ou pet place para os bichinhos de estimação, são facilidades que contribuem muito. Pensando nisso, a cada dia, as construtoras têm investido mais nesses diferenciais.

Portanto, esse é um fator que influencia diretamente no preço de um imóvel.

7. Diferenciais nos arredores

Também pensando na questão do deslocamento, outro ponto que influencia, se refere ao comércio e aos serviços que os arredores do imóvel promovem.

Ou seja, se a região é, de fato, completa em termos de saúde, entretenimento, educação etc.

Seja por meio de estabelecimentos comerciais, como shopping centers, mercados, farmácias, lojas, hospitais, escolas, universidades, bancos, restaurantes etc. É importante que a infraestrutura seja o mais completa possível.

Sendo assim, quanto mais completa a região, maior o preço tende a se tornar.

8. Vista

A vista que o imóvel oferece também influencia no seu valor, afinal, reflete muitas outras características importantes, até mesmo como a segurança, por exemplo.

Sendo assim, em geral, os apartamentos localizados em andares mais altos são mais valorizados, justamente por oferecerem maiores chances de uma vista mais bonita, ampla e limpa, sem a interferência de outras construções.

De acordo com a pesquisa feita pela nossa equipe do Blueprint sobre como a altura molda a tabela de preços, de dez empreendimentos residenciais de alto padrão localizados no entorno do Ibirapuera, é possível perceber a gradação de preços conforme o andar.

Imagem de um prédio indica a variação de preço das unidades de um empreendimento, conforme o andar. Portanto, conforme mais alto, mais caro é o imóvel.
A variação de preço das unidades interfere no custo de um apartamento conforme o andar: quanto mais alto, mais caro. Fonte: Blueprint

Isto porque, os apartamentos do andar intermediário chegam a ser até 14% mais caros que as unidades com a mesma metragem localizadas no andar mais baixo, enquanto os apartamentos da cobertura podem ter o preço até 27% maior.

Da mesma maneira, um apartamento com vista panorâmica, certamente será mais custoso, afinal, este tipo de unidade é muito desejada e disputada no mercado.

9. Segurança

Como citado anteriormente, a segurança também é um ponto que precisa ser considerado no valor do imóvel. Isto porque, apartamentos localizados em regiões mais seguras, costumam ser mais caros.

Seja por possuir um número baixo de ocorrências, ou pela existência de uma segurança mais completa, com patrulhamento, portarias e câmeras, quanto mais seguro, mais custoso será. Porém, uma boa segurança vale o investimento.

10. Características mais específicas

Existem também algumas características mais específicas que influenciam diretamente no valor do imóvel. Seja por oferecer mais comodidade ou por afetarem outros pontos citados anteriormente, confira, a seguir:

  • Tipo de planta;
  • Metragem;
  • Vaga de garagem (quanto maior número de vagas, mais caro);
  • Iluminação natural e posição do Sol (nascente ou poente);
  • Acabamentos e revestimentos;
  • Existência de elevadores em prédios com menos de 5 andares;
  • Design interno do projeto;
  • Serviços extras do condomínio;
  • Estado de conservação do prédio;
  • Idade do prédio.

Também é importante pontuar que os fatores que influenciam na tabela de preços podem variar, mas em sua maioria, geralmente são concentrados em:

  • Altura: pois os apartamentos mais altos costumam ser mais caros;
  • Privacidade do apartamento: já que menos barulho costuma atrair mais compradores;
  • Incidência de luz natural: pois a demanda é maior por residências que recebem o sol da manhã.

Custos que envolvem a compra do apartamento

Além das características que determinam o valor do imóvel, existem os custos essenciais que acabam elevando o valor da compra. Entre eles, estão:

  • Custos de aquisição, como as taxas do cartório e outros impostos, que chegam a quase 5% do valor do imóvel;
  • Valores de manutenção, como Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e condomínio;
  • Custos de reforma e outros extras, como assessoria jurídica, corretor de imóveis, advogado e custo das mobílias.

O último ponto, traz valores que são cobrados posteriormente à compra, mas claro, também precisam ser levados em consideração no seu orçamento.

Ainda vale lembrar que, mesmo que o imóvel seja financiado e o valor do apartamento e alguns dos custos citados anteriormente sejam incluídos no financiamento imobiliário, o valor de entrada é de, no mínimo, 20% do valor total do imóvel.

Impacto dos juros no custo de um imóvel

Existem também os juros, que influenciam diretamente na compra do imóvel, e desta forma, também interferem no valor, já que estão presentes no mercado, e assim, afetam as transações que compõem a jornada de compra.

É importante lembrar que as taxas e parcelamentos envolvidos na compra, podem variar de acordo com as escolhas estabelecidas em contrato e as movimentações do mercado imobiliário, principalmente caso você esteja saindo do aluguel para comprar o primeiro imóvel.

Taxa Selic

A Taxa Selic é a taxa básica de juros, considerada a principal para a economia brasileira, e o seu cálculo é feito pelo Comitê de Política Orçamentária do Banco Central (Copom), a cada 45 dias.

A Selic é uma abreviação do termo Sistema Especial de Liquidação e Custódia, e essa taxa influencia todos os setores do País. Isto porque, no Brasil, existe uma regra de que os bancos devem fechar o caixa, diariamente, com um valor mínimo positivo.

Gráfico em branco e azul apresenta a evolução da Taxa Selic desde 27 de outubro de 2021 até 20 de setembro de 2023.
O gráfico apresenta a evolução da Taxa Selic desde 2021. Fonte: Blog Nubank

Com isso, o objetivo é controlar o dinheiro em circulação e evitar aumento da inflação, de modo a garantir a segurança do sistema financeiro.

Portanto, quando um banco consegue fechar o caixa diário da maneira ideal, existe a possibilidade de solicitar empréstimos, com duração de um dia, para outras instituições bancárias. Desse modo, a garantia utilizada nas operações são os títulos públicos.

Logo, as movimentações são registradas no sistema Selic, de maneira que o Governo Federal possa controlar a emissão, a compra e a venda dos títulos. Assim, a Taxa Selic reflete as operações e garante mais segurança.

A Taxa Selic e o custo de um apartamento

No mercado financeiro, o impacto da Selic se dá, principalmente, nos títulos públicos, por funcionar como taxa básica. Dessa forma, o rendimento deles depende diretamente do que foi estabelecido pelo Copom. E assim, os juros das transações variam de acordo com o aumento ou a redução da taxa.

O mesmo vale para os investimentos de renda fixa, que também sofrem influência da Selic, pois costumam render de acordo com índices que têm alguma relação com a taxa básica, como é o caso do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e do IPCA (índice de inflação).

Ou seja, a Taxa Selic está relacionada com qualquer transação que envolva juros, portanto, também está diretamente ligada à compra de um apartamento. Isto porque, os juros da transação podem facilitar ou encarecer a compra.

Isso acontece devido a oferta e a demanda. Pois, quando as taxas de juros estão altas, a procura por imóveis tende a ser menor, o que faz com que haja também menor oferta de apartamentos.

Entretanto, quando a economia aquece, acontece o contrário: mais construtoras anunciam empreendimentos, mais compradores obtêm crédito, e assim, a aquisição de imóveis é mais favorável neste momento.

Dessa forma, é importante entender as movimentações da taxa básica para comprar o imóvel em momento adequado, ou seja, quando as taxas de juros favoreçam a compra.

A compra mais importante da sua vida!

Para chegar até a etapa final do processo de compra do seu apartamento, é preciso buscar informações e ter um planejamento. Por esse motivo, não deixe de conferir nosso guia atualizado: Como comprar um apartamento? Confira 7 dicas essenciais!

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Conteúdo criado por:Giovana Costa
Jornalista, apaixonada pela escrita, pela sétima arte e pelo audiovisual.

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