Estilos arquitetônicos: Gótico

Estilos arquitetônicos: Gótico
Nathália Zanardo

Por Nathália Zanardo

14 maio 2021

O Gótico foi um movimento cultural e artístico que surgiu na França durante a Idade Média, em um período que muitas mudanças aconteceram. O estilo ficou marcado pelas características naturalistas e pela representação da religião em suas obras.

Com construções mais verticais, pinturas com novas técnicas e esculturas com grande simbologia, o Gótico foi um movimento que consolidou avanços, que também demonstrou o poder da religião e da burguesia da época.

O estilo Gótico

Geralmente relacionado à arquitetura, em que sua expressividade e sua notoriedade foi maior, o estilo Gótico também se manifestou em outras áreas das artes, como a pintura e a escultura, muitas vezes ligado ao religioso. 

O estilo rompe com preceitos do estilo Românico e faz avanços técnicos que permitem que suas obras tenham diferentes características, como verticalidade, tridimensionalidade e  sua marca principal, o naturalismo.

A origem do termo

Quando criado, o estilo era chamado de “obra francesa”. O termo que hoje conhecemos, “gótico”, só foi dado ao período no fim do Renascimento, no qual os valores eram completamente diferentes, assim a palavra era uma conotação pejorativa à imponente arte. 

O termo “estilo gótico” foi criado por Giorgio Vasari, conhecido por ser considerado o primeiro historiador da arte, o qual se referiu ao período de difamação em 1550 em seu famoso livro que registrou os principais artistas do Renascimento.

Vasari encarava o Gótico como um estilo ultrapassado, obscuro e negativo, assim o nome se relaciona aos godos, povo germânico considerado bárbaro por seguirem uma cultura diferente e suas terras não estarem integradas ao território romano, o povo invadiu e destruiu a Roma Antiga em 410.

Contexto histórico do estilo Gótico

Desenvolvido durante a Idade Média, o estilo Gótico surge em um período de grandes mudanças sociais, políticas e econômicas, em meados do século XII, primeiramente na França e depois se espalha por grande parte da Europa.

Com a monarquia solidificada, o comércio se expandiu, a economia prosperou, as cidades cresceram e o cristianismo foi considerado a única religião, suprema e inquestionável, portanto era necessária uma nova arte que expressasse o caráter do novo período.

Surgindo assim o Gótico, um estilo com avanços técnicos e muito ligado ao religioso, que aparece como uma reação ao estilo Românico. 

Catedral de Notre-Dame de Reims um marco das catedrais góticas.
Catedral de Notre-Dame de Reims, uma das magníficas obras da arquitetura gótica. Fonte: Unsplash

Mesmo conhecido como “a arte das catedrais”, o estilo Gótico teve grande influência na pintura, nas esculturas e até em arquiteturas cívicas. O período foi classificado por estudiosos como o ápice da unificação da síntese entre religião, filosofia e arte.

Nas diferentes artes, o Gótico foi utilizado com uma quebra ao rigor geométrico e da timidez dos corpos, anteriormente aplicados pelo estilo Românico, sempre buscando o naturalismo e a tridimensionalidade. 

Na escultura, a relação era direta com as catedrais, utilizadas nos pórticos das construções, carregava a simbologia da história religiosa, retratando personagens bíblicos com o aspecto naturalista e a busca pela verticalidade.

Obra Ognissanti Madonna de Giotto di Bondone.
Obra Ognissanti Madonna de Giotto di Bondone, um dos artistas que representou o estilo Gótico na pintura. Fonte: Pinterest

Já na pintura, o estilo Gótico foi utilizado como uma arte mais realista, em diversos elementos, como murais, afrescos, vitrais e iluminura. Servindo como grande educador da sociedade medieval, mas que também transmitia o naturalismo e o simbolismo religioso do período.

Os recursos para a execução das diversas obras do período eram obtidos através dos fiéis, que compunham a burguesia da época. Portanto, a arte gótica representava, em suma, duas ascensões, a do poder religioso e a da burguesia.

A magnitude do período durou até o final do século XV. Com o surgimento do Renascimento, os novos valores entram em conflito com os ideais góticos, fazendo com que sua utilização fosse cada vez menor.

As características do estilo

Mesmo em diferentes produções artísticas, o estilo Gótico possui algumas características que são responsáveis por marcarem o estilo; a principal delas é o naturalismo, dando maior realidade às obras.

O Gótico também está muito ligado à religiosidade, ao simbolismo, ao dinamismo e, em casos específicos, à verticalidade e à iluminação natural, demonstrando um dos seus objetivos principais, a evolução do estilo Românico, o qual deu ao período muitas dessas características.

Arquitetura gótica

A arquitetura gótica foi a grandiosa e notória obra do estilo, muito conhecida por sua ligação direta com a religião, foi uma arte com diversos avanços técnicos e inovadora forma de construir, marcando a arquitetura de seu tempo.

Foi um avanço ao estilo Românico, muito utilizado entre os séculos XI e XIII, na arquitetura europeia, principalmente em mosteiros e basílicas. Essas construções eram caracterizadas por uma estrutura maciça, arcos de volta perfeita, interior pouco iluminado, linhas horizontais e teto abobadado, assim esse estilo era considerado muito “pesado”.

Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers.
Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers, uma construção no estilo Românico. Fonte: Pinterest

A grande quebra desse padrão tão marcante surge na arquitetura gótica, com seus preceitos ligados à religião, suas construções buscam verticalidade em busca do divino, quebrando o horizontalismo do estilo anterior.

Na arquitetura gótica, as construções eram mais leves, iluminadas e verticais. Com técnicas estruturais inovadoras que utilizavam arcos ogivais e arcobotantes, possibilitaram que as catedrais fossem mais altas onde sua verticalidade direcionava ao céu. 

As paredes eram mais finas e leves, e a estrutura possui amplos vãos, o que possibilitava uma quantidade maior de janelas, iluminando o interior das edificações. Essas janelas eram delicadamente trabalhadas e decoradas, denominadas vitrais, que embelezavam as construções. 

Catedral de Saint-Denis com apenas uma torre.
Catedral de Saint-Denis, a primeira catedral gótica. Fonte: Pinterest

A planta da catedral era marcada por um formato de cruz latina, e na entrada possuía três portais. Um grande elemento característico do Gótico eram as rosáceas, vitrais redondos colocados na entrada das catedrais. As esculturas também eram um elemento característico que marcava os pórticos da construção.

A marcante arquitetura gótica possui um simbolismo religioso sem limites, no qual a grandiosidade da igreja é inquestionável perante o homem. Diversas catedrais marcaram o estilo pela Europa, mas a primeira catedral gótica foi a de Saint-Denis, mas a grandiosa obra que deixou o estilo famoso é a catedral de Notre-Dame de Paris, ambas na França.

Depois de seu período clássico, no qual as características gerais da arquitetura gótica surgiram, o estilo se desenvolveu e criou duas novas fases que marcaram as construções.

A primeira foi o radiante, iniciada em meados do século XIII, em que as arquiteturas atingiram maiores alturas e utilizavam um grande número de vitrais e cada vez menos alvenaria. A segunda fase foi o flamejante, que começou a ser utilizada na segunda metade do século XIV, almejando uma grande ornamentação, assim os traços da construção eram pensados para serem decorativos.

História da arquitetura gótica

Responsável por expressar o triunfo da Igreja Católica durante a Idade Média, a arquitetura gótica surge na França no século XII e se difunde como um estilo marcante por diversos locais da Europa até o século XV.

Durante o século X, o território europeu lidava com diversas mudanças sociais, políticas e econômicas. A autoridade da monarquia estava sendo questionada, impulsionando o surgimento do sistema feudal.

As Cruzadas possibilitaram a reabertura da navegação no Mediterrâneo, permitindo uma ligação direta entre Oriente e Ocidente, assim novas relações foram formadas e a economia se tornou mais dinâmica, resultando em um grande crescimento.

O sistema feudal ficou enfraquecido e com o tempo migrou para o capitalismo, fazendo com que transformações sociais acontecessem e a burguesia se tornasse a classe social em ascensão, ajudando os reis a retomar sua autoridade.

O período também ficou marcado pela relação com a religião, uma época na qual o teocentrismo era inquestionável. 

Assim a arquitetura gótica ficou conhecida como a “arte das catedrais”, em que as igrejas, as catedrais, as basílicas e os mosteiros eram as principais construções que representavam o período. Suas inovações técnicas foram responsáveis por transformarem a construção civil, trazendo diversos benefícios e inovadoras soluções.

Características da arquitetura gótica

Inovando a forma de construir, a arquitetura gótica foi responsável por construções completamente ligadas à religião e que expressa o contexto social de sua época. Muitos ornamentos, uma vasta iluminação interna e busca por verticalidade são apenas algumas das características que marcaram o estilo.

Planta

Planta da Catedral de Chartres com formato de cruz latina, algo comum nas construções do estilo gótico.
Planta da Catedral de Chartres, com formato de cruz latina, elemento marcante da arquitetura gótica. Fonte: Pinterest

A planta da arquitetura gótica era muito característica, com formato de cruz latina e uma entrada marcante. Os três portais decorados com esculturas, as duas torres e uma rosácea, abertura circular com desenhos geométricos e vidros coloridos eram responsáveis por destacar e se tornar a entrada o ponto central. 

Uma longa nave, ala central da catedral onde os fiéis se reúnem, era marcada por uma fileira de pilares, que suportavam o peso do telhado e criavam duas naves laterais ou colaterais; nesse espaço normalmente há pequenas capelas nos dois lados, ajudando a dar um apoio adicional às paredes.

Chamado de “transepto”, a planta da arquitetura gótica é marcada por um cruzamento, onde a construção se projeta para fora, formando os braços da cruz e cria o ponto interno central da igreja, cercado por pilares que sustentam uma torre de lanterna, que leva luz ao centro, esse elemento é chamado de “cruzeiro”.

Ao leste, nós temos um dos elementos principais da planta, o coro, local onde acontecem as cerimônias. Logo atrás, nós temos a abside, uma área semicircular onde geralmente fica uma capela, muitas vezes dedicada à Virgem Maria, cercada por outras capelas menores.

Estrutura

Catedral de Canterbury com abóbadas em cruzaria.
Teto da Catedral de Canterbury, com abóbada em cruzaria de seis arestas. Fonte: Pinterest

A estrutura utilizada no período gótico foi considerada muito importante para os avanços técnicos na construção civil. Elementos como arco ogival e abóbada em cruzaria, utilizados anteriormente na arquitetura românica, foram utilizados de maneira mais moderna, assim permitindo a verticalização.

O arco ogival, estrutura formada pelo cruzamento de dois arcos iguais e com um ângulo agudo no topo, foi utilizado para suportar o peso da abóbada central e descarregar em colunas finas de apoio, assim a parede, antes estrutural, não era mais necessária para suportar as cargas, permitindo cada vez mais aberturas. 

Arcobotante, a estrutura que inovou a arquitetura gótica.
Arcobotante, estrutura exterior apoiando as paredes da construção. Fonte: Pinterest

A abóbada em cruzaria, uma abóbada com arestas reforçadas por nervuras, distribui o peso do telhado para baixo e para fora. Primeiramente foram utilizadas com seis arestas e depois a técnica se refinou e passou a utilizar apenas quatro arestas, que podiam cobrir uma maior extensão e, até mesmo, atravessar toda a nave da catedral. Essa técnica também foi responsável por ajudar as catedrais a se tornarem mais altas.

A inovadora solução adotada durante a arquitetura gótica foi o arcobotante, estrutura em formato de meio arco na parte exterior dos edifícios, responsável por apoiar as paredes e distribuir o peso, ajudando a aumentar a altura das construções.

Verticalidade

Catedral de Rouen com altas torres.
Catedral de Rouen, a catedral de estilo gótico mais alta da França. Fonte: Pinterest

Uma das características mais marcantes da arquitetura gótica é a altura, sempre muito vertical, sugere a ligação e o almejo ao céu, em busca da conexão com o divino, representa a síntese da fé humana. 

Essa altura só foi possível de ser alcançada devido às soluções estruturais inovadoras, como o arcobotante, o que transformou completamente a maneira de se construir, desde paredes mais finas a amplas aberturas em vidro.

Com esse novo modelo de construção, uma tendência surgiu, em que as catedrais tentavam atingir uma verticalidade extrema, o que gerou desastrosos resultados, como o desmoronamento de algumas partes dos edifícios. Assim demonstrando o limite que a tecnologia desenvolvida no período gótico conseguia suportar.

Vitrais

Rosácea e vitrais da Catedral de Chartres com vidros coloridos, um marco do estlo gótico.
Rosácea e vitrais da Catedral de Chartres, com desenhos bíblicos e vidros coloridos. Fonte: Pinterest

Com uma estrutura mais leve, que permitia amplas aberturas envidraçadas, os vitrais surgiram. Eram janelas de vidros coloridos com pinturas que representavam personagens ou cenas bíblicas, foram os responsáveis por levar iluminação ao interior das catedrais e dar um toque de cor.

Feitos por artesãos, os vitrais eram elementos muito importantes que decoravam e apresentavam a história religiosa. Também demonstravam a busca pela altura, já que, em sua maior parte, eram janelas com grande extensão vertical.

Ornamentos

Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris com a cidade ao fundo.
Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris, uma escultura marcante no período gótico. Fonte: Pinterest

A arquitetura gótica possui uma grande quantidade de ornamentos, esculturas, pinturas e decorações, sempre com o tema religioso. Por isso era muito comum anjos esculpidos junto a  pilares, flores e vegetação espalhados pelas decorações, ou coroas de espinhos e cruzes.

Uma das decorações mais características dessa arquitetura foram as gárgulas, esculturas que tinham um propósito prático de funcionar como uma calha. Muitas acreditam que essas esculturas, na verdade, serviam de proteção às catedrais, afastando os maus espíritos. 

As principais obras que marcaram a arquitetura gótica

Os grandes marcos da arquitetura gótica são obras relacionadas à religião católica. Catedrais por toda a Europa representam a grandeza e demonstram características do gótico, como a proximidade com o divino, a verticalidade e o uso de vitrais. 

A França pode ser considerada, além de pioneira, um dos grandes destaques dessa arquitetura, mas outros países como Inglaterra, Alemanha, Áustria, Portugal, Itália e mais, tiveram magníficos exemplares dessa arte.

Catedral de Notre-Dame de Paris

Catedral de Notre-Dame de Paris o grande ícone da arquitetura gótica.
Catedral de Notre-Dame de Paris, uma obra que marcou a arquitetura gótica. Fonte: Unsplash

Sendo a obra mais emblemática da arquitetura gótica, a Catedral de Notre-Dame de Paris começou a ser construída em 1163 e só teve sua obra concluída em 1345. 

A famosa construção, além de ser um ponto turístico importante da França, sediou grandes acontecimentos, como as coroações de rei Henrique VI e Napoleão Bonaparte, bem como  inspirou o famoso romance de Victor Hugo, O corcunda de Notre Dame, de 1831.

A notória catedral apresenta grandes proporções, com 127 metros de comprimento, 48 metros de largura e 35 metros de altura. Sua fachada é marcada por três linhas horizontais e verticais e duas torres de 69 metros; ricamente ornamentada, o grande destaque vai para o ponto central: a rosácea.

Considerada um dos grandes símbolos do movimento Gótico, a catedral apresenta diversos elementos que reafirmam a estética e a estrutura propostas, com amplas janelas, uma altura demarcada, lindos vitrais, diversas gárgulas e esculturas. 

Em abril de 2019, Notre-Dame sofreu um incêndio que danificou uma parte da catedral,  causando danos ao teto, ao pináculo e às rosáceas. Uma restauração será necessária em paralelo à reconstrução de alguns pontos.

Catedral de Milão

Catedral de Milão com pôr-do-sol ao fundo.
Catedral de Milão, o grande ícone do estilo Gótico na Itália. Fonte: Unsplash

Considerada uma das maiores igrejas do mundo, a Catedral de Milão começou a ser construída em 1386 com o objetivo de celebrar a política de expansão territorial da família de Gian Galeazzo Visconti, o então duque de Milão.

Situada na praça central da cidade, a imensa catedral possui notórias proporções, sendo 157 metros de comprimento, 109 de largura e 45 de altura. Com cinco naves, o projeto pode ser considerado parte do estilo Gótico flamejante, já que a construção possui um exterior muito decorado e com detalhes.

O projeto demorou 600 anos para ser concluído, pela sua complexidade e pela riqueza de detalhes. Abriga um grande número de estátuas, gárgulas e imagens santas, mais de 50 janelas com vitrais e a famosa estátua Madoninna, ou Nossa Senhora, colocada sobre o ponto mais alto da catedral.

Catedral de Colônia 

Catedral de Colônia uma arquitetura gótica.
Catedral de Colônia, uma construção de 157 metros de altura. Fonte: Unsplash

A Catedral de Colônia é um dos monumentos mais famosos da Alemanha, localizada na cidade de Colônia, sua construção marcou o estilo Gótico no país. Foi iniciada em 1248 e demorou alguns anos para ser concluída completamente, finalizada em 1880.

Com uma riqueza de detalhes, a catedral possui uma grande dimensão, com 144 metros de comprimento, 86 metros de largura e 43 metros de altura; além disso, possui duas torres com 157 metros de altura.

A construção foi impulsionada por Frederico I, imperador alemão que saqueou Milão e supostamente levou os restos mortais dos três reis magos para o país, a catedral da cidade não comportava a quantidade de peregrinos e assim foi vista uma oportunidade de uma nova construção. 

A parte exterior do edifício é muito bem-trabalhada, com vitrais, adornos e esculturas, também possui outros elementos, como abóbadas, gárgulas, pinturas, afrescos, que embelezam e dão magnitude à construção.

O estilo no Brasil

Catedral da Sé cercada pela cidade.
Catedral da Sé, em São Paulo, com elementos que remetem ao estilo Gótico europeu. Fonte: Unsplash

Assim como outras arquiteturas nascidas na Europa, o estilo Gótico não existiu no Brasil, isso porque durante a Idade Média nenhuma construção que seguia essa arquitetura foi feita no território nacional.

Quando nos referimos ao Gótico no Brasil, estamos falando do Neogótico, um estilo que surgiu no final do século XIX e que se inspira em elementos do período que marcou a arquitetura europeia durante vários séculos.
Baseadas nesse estilo, o Brasil tem diversas construções com elementos e características derivadas do Gótico, como a Catedral da Sé, em São Paulo, que possui uma estrutura vertical, com vitrais e gárgulas, e a Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem (Minas Gerais), com muitos ornamentos e belíssimos vitrais.

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Nathália Zanardo
Conteúdo criado por:Nathália Zanardo
Arquiteta e urbanista, que entende a profissão como um transformador da sociedade, visando meios sustentáveis combinados a escala humana, assim gerando uma cidade mais amigável e gentil.

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