Confira dicas para fazer a coleta seletiva corretamente
Por Beatriz Dilascio
11 outubro 2022
A coleta seletiva é um processo muito importante que separa e recolhe todo o lixo reciclável descartado, para que assim eles possam ser reutilizados de maneira correta e consciente.
O lixo é classificado de acordo com a sua origem, podendo ser separado em: resíduos orgânicos, materiais hospitalares e radioativos, e os materiais recicláveis que são os materiais que falaremos nesta matéria. Confira a seguir o que é a coleta seletiva, além de dicas para facilitar o processo de descarte dos materiais!
O que é coleta seletiva?
A coleta seletiva é definida como um sistema de recolhimento de materiais recicláveis que foram separados no próprio lugar onde foram gerados, podendo ser residências, empresas ou comércios.
A coleta seletiva tem como objetivo proporcionar um destino diferente para esses materiais, que, se não fosse pela coleta, seriam encaminhados para os lixões ou para os aterros sanitários.
Os materiais recicláveis têm um ótimo potencial de recuperação através da reciclagem ou da reutilização, porém, caso eles sejam descartados com os demais lixos, são contaminados e perdem todo esse potencial.
Os materiais recolhidos pelo sistema de coleta seletiva são encaminhados para centros de triagem ou classificação para passar por uma separação criteriosa e, em seguida, ser destinados às empresas de reciclagem.
Recolhimento nos programas de coleta seletiva
Existem três modalidades diferentes de recolhimento dos materiais nos programas de coleta seletiva: a coleta seletiva em postos de entrega voluntária, a de porta a porta e a feita por trabalhadores autônomos.
A coleta seletiva em Postos de Entrega Voluntária (PEV) acontece quando o próprio gerador dos resíduos realiza a separação dos seus materiais recicláveis por tipo e os desloca até um ponto de entrega, deixando-os em seus recipientes específicos.
Já a coleta seletiva porta a porta acontece quando o material que já está previamente separado é recolhido pelos veículos adequados, que, no caso, são os caminhões de lixo que passam na sua casa. Nesse caso, a coleta pode ser feita de uma forma mais simples, entre materiais recicláveis e não recicláveis.
Por fim, a coleta seletiva por trabalhadores autônomos funciona de maneira isolada ou organizada por algum tipo de associação.
A importância da coleta seletiva
Uma de suas maiores importâncias é referente ao desenvolvimento sustentável, que se tornou essencial para a vida moderna, devido ao aumento do consumo e do lixo produzido. Além disso, a coleta seletiva ajuda a evitar a disseminação de doenças.
O Brasil produz toneladas de lixo por dia e, quando esse lixo é descartado incorretamente, pode causar significativos impactos socioambientais. Ele pode acumular em locais inapropriados formando focos de proliferação de mosquitos, em dias de chuva, podendo ainda transportar esse lixo para mares e rios, ou mesmo para bueiros e causar inundação.
Por isso, a coleta seletiva é a forma mais adequada, ecologicamente falando, para descartar o lixo. Alguns dos maiores benefícios da coleta seletiva são: a melhora da economia; evita a contaminação do solo e da água; evita o desperdício dos recursos naturais não renováveis; promove a reciclagem; alivia e prolonga a vida útil dos aterros sanitários e ainda promove a consciência ambiental dos cidadãos.
As cores corretas para a coleta seletiva
Existe um padrão de cores para a coleta seletiva que deve ser seguido. Esse padrão foi estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e deve ser utilizado na identificação de todos os coletores e transportadores de materiais.
Aqui estão as cores corretas para os tipos de resíduos mais comuns:
- Azul: papel
- Verde: vidro
- Vermelho: plástico
- Amarelo: metal
- Marrom: resíduos orgânicos
Para os materiais hospitalares, a cor a ser utilizada é branca e para os resíduos radioativos devemos utilizar o roxo. Esses devem ser coletados de modo diferente, pois possuem riscos de contaminação e transmissão de doenças.
Os principais destinos do lixo no Brasil
Sabemos que o lixo que tiramos de nossas casas, comércios e empresas têm algum destino, correto? Mas você sabe para onde ele vai? Conheça alguns dos principais destinos do lixo no Brasil!
Lixões
Os lixões ainda são o destino mais utilizado para o lixo no Brasil. Eles são áreas grandes a céu aberto onde os lixos são despejados, podendo ser tanto orgânicos quanto material.
Os lixões normalmente estão em áreas periféricas e muitos deles não possuem fiscalização, o que acaba colocando em risco a saúde de muitas pessoas que vão até esses lixões para recolher materiais recicláveis ou, até mesmo, restos de comida.
Esse é classificado como o pior destino para o lixo, por serem focos de proliferação de doenças (por sua concentração de ratos, baratas e outros tipos de insetos) e por causar problemas de ordem ambiental (pelo chorume produzido pela putrefação dos materiais orgânicos que podem atingir lagos, rios e lençóis freáticos).
Coleta seletiva e reciclagem
A coleta seletiva, como já vimos, separa o lixo orgânico dos materiais recicláveis. Aqui, os recicláveis são vendidos ou mesmo entregues a empresas ou cooperativas que façam o processo de reciclagem, assim esses materiais que seriam descartados podem voltar à cadeia produtiva.
Os materiais recicláveis são aqueles separados pelas cores azul, verde, vermelho e amarelo e podem ser, por exemplo, papelão, potes, garrafas PET, latas de alumínio, jornais, revistas, garrafas de vidro, entre outros.
Aterros sanitários
Os aterros sanitários são um sistema de tratamento de lixo, sendo o mais utilizado no Brasil atualmente. Neles, o solo é impermeabilizado para receber o lixo orgânico, que é colocado em camadas intercaladas com terra para evitar assim o mau cheiro no local, além de evitar a contaminação e a proliferação de insetos e ratos.
Incineração de lixo
O sistema de incineração de lixo é mais utilizado para lixos hospitalares ou lixos que possuem algum tipo de contaminação perigosa.
Esse processo é realizado em incineradores apropriados para manter assim toda a segurança. A fumaça gerada por esse processo tem que passar por um sistema de filtragem para diminuir ao máximo a poluição do ar.
Compostagem
É uma boa opção para o descarte do lixo orgânico, tanto no quesito ambiental quanto no econômico, isso porque, nesse processo de compostagem, o lixo é transformado em adubo para ser utilizado na agricultura.
Tratamentos especiais
Aqui ficam aqueles lixos que não devem ser misturados com os demais, como eletrônicos, pilhas, lâmpadas e baterias, isso porque eles apresentam elementos químicos em sua composição, podendo gerar problemas ambientais.
Por isso, após o uso desses objetos, os seus consumidores devem entregá-los em locais específicos.
5 dicas para te ajudar a facilitar o seu processo para coleta seletiva
1. Separe o seu lixo por tipo de material
Você pode fazer a coleta seletiva na sua casa, basta separar o seu lixo de acordo com a sua composição. Você pode começar separando papéis limpos, plásticos, vidros e metais.
Essa simples iniciativa já vai fazer uma diferença enorme e o impacto no meio ambiente será muito significativo.
2. Tenha uma lixeira para cada tipo de resíduo
Essa é uma forma de facilitar a separação, já existem vários modelos de lixeiras coloridas. Por ser uma boa prática, você pode tentar levar essa ideia para o seu condomínio, trabalho, escola, faculdade; em qualquer lugar a prática de incentivar a coleta seletiva tem muita valia.
3. Faça a limpeza de cada item
Você sabia que para a coleta seletiva ser ainda mais eficiente, você precisa higienizar os materiais adequadamente? Isso porque a higienização vai evitar que esses lixos sejam alvos de proliferação de insetos e que tenham maus odores.
Para latas e potes, você pode encher a embalagem, que já estará vazia, com água e esperar alguns minutos, caso ainda restarem algumas sujeiras, lave com o auxílio de uma bucha e sabão.
Embalagens de papelão, como as caixas de pizza, precisam estar limpas para serem recicladas, por isso retire a tampa da embalagem, que normalmente fica limpa, para a reciclagem, e a base suja pode descartar no lixo não reciclável.
Existe o lixo reciclável destinado a papel, correto? Mas sabia que guardanapos, papel toalha e papel higiênico, mesmo que limpos, não são recicláveis? Eles serão sempre descartados no lixo não reciclável.
Quando se trata de embalagens e sacos de grãos e de itens secos, como é o caso de arroz, feijão, entre outros, não precisam ser lavados e podem ser descartados nos lixos recicláveis.
4. Embale corretamente o seu lixo
Depois que você separou o seu lixo corretamente, é a hora de ele ser levado para um centro de transformação, e para que esse transporte aconteça de maneira segura e consciente, é interessante embalá-los em sacos de lixo não biodegradáveis ou recicláveis.
É preciso ter um cuidado especial para os vidros, se eles estiverem quebrados principalmente. Se os cacos de vidro forem pequenos, você pode colocá-los dentro de uma garrafa PET transparente e, de preferência, sem rótulo e cortada ao meio.
Você colocará os cacos de vidro na parte de baixo da garrafa e vai encaixar a parte de cima formando uma “capsula”, deixe essas duas partes bem presas para garantir um transporte seguro para o material.
5. Procure pontos de entrega específicos
O último passo em que você pode participar e ajudar é procurar um destino adequado para o seu lixo reciclável. Existem pontos de coleta seletiva específicos, normalmente mantidos pelas prefeituras ou pelas instituições privadas.
Caso você mobilize mais pessoas a realizar essa boa ação para o meio ambiente e conseguir juntar mais material reciclável, separado e higienizado corretamente, você pode pedir para que uma dessas instituições que possuem pontos de coleta seletiva passe para buscar o material.
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