Comércio nos condomínios – a comodidade no seu lar
Por Lucas Vogan
10 maio 2019
Os condomínios crescem cada vez mais, se tornando verdadeiros clubes com as mais diversas opções de lazer e relaxamento.
Mas essas ilhas de segurança e conforto, são justamente isso, ilhas.
Muitas vezes ficam em locais longe do comércio.
Por isso alguns mercados começaram a migrar para dentro dos condomínios.
Uma facilidade para os moradores que querem driblar o trânsito e economizar tempo.
Como trazer comércio para dentro do meu condomínio?
Antes de mais nada, os moradores precisam concordar, é algo que precisa ser aprovado em assembleia.
Então é preciso decidir que produtos se quer, para que o síndico possa fazer as negociações.
Normalmente esses comércios se instalam provisóriamente nas vagas de visitantes ou nas quadras esportivas.
O mais comum são as feiras
Imagine ter uma seleção de frutas frescas, pastel feito na hora e caldo de cana, tudo ao descer de elevador.
Para ter uma feira no seu prédio existem diferentes formas.
Algumas empresas, como a Feira Premium, fornecem o serviço, basta entrar em contato, negociar os dias, horários e as barracas desejadas.
Mas em alguns condomínios o contato é mais direto, negocia-se diretamente com os feirantes para que eles tragam suas barracas para dentro do complexo.
Alguns condomínios cobram, dos comerciantes, uma pequena taxa para limpeza e energia.
Quando se negocia através de uma empresa que organiza a feira, os preços costumam ser um pouco maiores.
Isso é justificado pela inclusão da comodidade, um atendimento exclusivo e uma taxa, cobrada sobre os feirantes, pelos organizadores
Mas observamos que quando esse negócio é feito de forma mais simples, quando pequenos grupos de feirantes que atuam na região são convidados para venderem seus produtos nesses espaços, eles costumam se comprometer a praticar os mesmos preços.
É um negócio bom para todos, por se tratar de um espaço privado, os feirantes não precisam pagar tarifas para a prefeitura. Na rua, os feirantes pagam, em média, R$ 200 por dia.
“Meu rendimento aumentou 20% com o trabalho nos prédios”, relata o vendedor Ricardo Ramos, de 35 anos.
Isso sem falar na segurança, tanto para os compradores, quanto para os vendedores, que podem desfrutar de um ambiente aconchegante e livre de riscos.
Um mercado em expansão
Cada vez mais empresas enxergam o crescimento desse mercado e querem entrar na jogada.
É o caso da Sagrado Boulangerie, uma padaria móvel com a proposta de levar pães quentinhos, feitos na hora, para dentro do seu condomínio.
Eles até participaram do programa Shark Tank Brasil, e conseguiram o maior investimento até então.
E vale de tudo.
Tem condomínios com dia especial para petshop, com barraca de chopp e alguns até fazem uma barraquinha própria, com produtos da horta comunitária.
De acordo com a Lello essa forma de comércio já está presente em cerca de 200 condomínios na região metropolitana de São Paulo.
Comércio integrado
Alguns empreendimentos vão mais além e já colocam pontos de venda fixos no condomínio.
É o caso do Habitarte, no Brooklin, um grande complexo que conta com um mercado integrado. Uma unidade do St. Marche.
Explorar realmente a integração. Foi isso que o Martese fez, integrando uma unidade do Pão de Açúcar no projeto de tal forma, que a quadra de tênis do condomínio foi construída sobre o teto do mercado.
Um grande bônus
Além da comodidade que as feirinhas proporcionam, existe uma vantagem muito importante que devemos salientar.
O aumento da convivência entre os moradores, que muitas vezes nem se cumprimentam.
Esse cenário cria um ambiente propício para que os moradores se conheçam e se relacionem.
Em condomínios que adotaram essa prática é possível perceber uma expressiva diminuição nos números de reclamações.
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