Cidades inteligentes – O que esperar do futuro das cidades?

Cidades inteligentes – O que esperar do futuro das cidades?
Lucas Vogan

Por Lucas Vogan

12 novembro 2019

Cidades só podem se tornar realmente inteligentes por meio da informação, ou seja, para uma cidade ser considerada inteligente, é preciso saber o que se passa nela para decidir como agir.

Por isso, o primeiro passo para a formação de uma cidade inteligente é a captação de informação por meio de pesquisas que acontecem periodicamente e também por meio de informações obtidas em tempo real.

Porém, não basta apenas obter informações, é importante disseminá-las. Uma cidade inteligente é aquela em que os cidadãos recebem as informações para tomarem as melhores decisões no seu dia, como evitar uma avenida onde ocorreu um acidente, por exemplo.

É essencial, portanto, que as cidades estabeleçam uma base de informações e que elas sejam abertas ao público, open data. Além disso, é preciso que o cidadão não seja apenas um receptor de informações, mas também um disseminador delas.

Não é fácil obter informações em tempo real. A prefeitura pode instalar diversas câmeras e diferentes sensores, mas eles jamais enxergarão tanto quanto os olhos de todos os moradores da cidade, motivo pelo qual é importante estabelecer uma comunicação nos dois sentidos com os cidadãos. Especialistas afirmam que essa comunicação deve acontecer por meio de um dispositivo que está conosco o tempo inteiro, o celular.

homem com celular

O que fazer com toda essa informação?

De nada adianta acumular toda essa informação e não fazer nada com ela. O objetivo é usar esse conhecimento para implementar mudanças na cidade que irão melhorar a vida do cidadão.

Para uma cidade ser inteligente, é preciso pensar em soluções novas. A solução antiga para uma rua com muito trânsito, por exemplo, seria adicionar uma faixa extra, mas já se constatou que essa não é uma solução muito eficiente, pois logo surgem mais carros e o trânsito se mantém. 

Uma solução nova para uma cidade inteligente seria repensar a mobilidade urbana, investir em transporte público, meios de transporte alternativos, carros compartilhados, facilitar a moradias das pessoas perto do trabalho etc.

As melhorias devem ir além do planejamento urbano, também é preciso pensar em sustentabilidade.

A qualidade de vida do cidadão caminha junto com a preservação da natureza e a criação de áreas verdes, que contribuem para a qualidade do ar, a prevenção das ilhas de calor e a inibição de enchentes.

O Cities in Motion Index define 9 quesitos que compõem o nível de inteligência de uma cidade:

1 – Governança

2 –  Mobilidade

3 – Planejamento urbano

4 – Tecnologia

5 – Sustentabilidade

6 – Conexões internacionais

7 – Coesão social

8 – Capital humano

9 – Economia

Cidades inteligentes pelo mundo

cidade durante a noite

Uma cidade inteligente que se destaca como uma promessa para o futuro é Songdo, na Coreia do Sul. Sua finalização está prevista para 2022, mas já existem moradores no local.

A mobilidade urbana foi pensada desde sua criação, com abundância de ciclovias, um canal e um lago com água do mar, que serve tanto como via para táxis aquáticos quanto para umidificar e regular a temperatura do ambiente.

A cidade possui diversas áreas verdes, representando 40% do território.

Songdo também conta com sensores subterrâneos capazes de interpretar o trânsito e programar os semáforos da maneira mais eficiente possível, além de uma rede pneumática que se estende por toda a cidade para captação de resíduos, que são reciclados para gerar eletricidade, praticamente eliminando a coleta de lixo tradicional.

De acordo com o Cities in Motion Index, o topo do ranking vem sendo disputado por Nova York e Londres. Veja o ranking das cidades mais inteligentes de 2019:

1 – Londres, Inglaterra

2 – Nova York, Estados Unidos

3 – Amsterdã, Holanda

4 – Paris, França

5 – Reykjavik, Islândia

6 – Tóquio, Japão

7 – Singapura, Singapura

8 – Copenhague, Dinamarca

9 – Berlim, Alemanha

10 – Viena, Áustria

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Conteúdo criado por:Lucas Vogan
Natural de Porto Alegre. Artificial de São Paulo. “O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.”

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