Cidades só podem se tornar realmente inteligentes por meio da informação, ou seja, para uma cidade ser considerada inteligente, é preciso saber o que se passa nela para decidir como agir.
Por isso, o primeiro passo para a formação de uma cidade inteligente é a captação de informação por meio de pesquisas que acontecem periodicamente e também por meio de informações obtidas em tempo real.
Porém, não basta apenas obter informações, é importante disseminá-las. Uma cidade inteligente é aquela em que os cidadãos recebem as informações para tomarem as melhores decisões no seu dia, como evitar uma avenida onde ocorreu um acidente, por exemplo.
É essencial, portanto, que as cidades estabeleçam uma base de informações e que elas sejam abertas ao público, open data. Além disso, é preciso que o cidadão não seja apenas um receptor de informações, mas também um disseminador delas.
Não é fácil obter informações em tempo real. A prefeitura pode instalar diversas câmeras e diferentes sensores, mas eles jamais enxergarão tanto quanto os olhos de todos os moradores da cidade, motivo pelo qual é importante estabelecer uma comunicação nos dois sentidos com os cidadãos. Especialistas afirmam que essa comunicação deve acontecer por meio de um dispositivo que está conosco o tempo inteiro, o celular.

O que fazer com toda essa informação?
De nada adianta acumular toda essa informação e não fazer nada com ela. O objetivo é usar esse conhecimento para implementar mudanças na cidade que irão melhorar a vida do cidadão.
Para uma cidade ser inteligente, é preciso pensar em soluções novas. A solução antiga para uma rua com muito trânsito, por exemplo, seria adicionar uma faixa extra, mas já se constatou que essa não é uma solução muito eficiente, pois logo surgem mais carros e o trânsito se mantém.
Uma solução nova para uma cidade inteligente seria repensar a mobilidade urbana, investir em transporte público, meios de transporte alternativos, carros compartilhados, facilitar a moradias das pessoas perto do trabalho etc.
As melhorias devem ir além do planejamento urbano, também é preciso pensar em sustentabilidade.
A qualidade de vida do cidadão caminha junto com a preservação da natureza e a criação de áreas verdes, que contribuem para a qualidade do ar, a prevenção das ilhas de calor e a inibição de enchentes.
O Cities in Motion Index define 9 quesitos que compõem o nível de inteligência de uma cidade:
1 – Governança
2 – Mobilidade
3 – Planejamento urbano
4 – Tecnologia
5 – Sustentabilidade
6 – Conexões internacionais
7 – Coesão social
8 – Capital humano
9 – Economia
Cidades inteligentes pelo mundo

Uma cidade inteligente que se destaca como uma promessa para o futuro é Songdo, na Coreia do Sul. Sua finalização está prevista para 2022, mas já existem moradores no local.
A mobilidade urbana foi pensada desde sua criação, com abundância de ciclovias, um canal e um lago com água do mar, que serve tanto como via para táxis aquáticos quanto para umidificar e regular a temperatura do ambiente.
A cidade possui diversas áreas verdes, representando 40% do território.
Songdo também conta com sensores subterrâneos capazes de interpretar o trânsito e programar os semáforos da maneira mais eficiente possível, além de uma rede pneumática que se estende por toda a cidade para captação de resíduos, que são reciclados para gerar eletricidade, praticamente eliminando a coleta de lixo tradicional.
De acordo com o Cities in Motion Index, o topo do ranking vem sendo disputado por Nova York e Londres. Veja o ranking das cidades mais inteligentes de 2019:
1 – Londres, Inglaterra
2 – Nova York, Estados Unidos
3 – Amsterdã, Holanda
4 – Paris, França
5 – Reykjavik, Islândia
6 – Tóquio, Japão
7 – Singapura, Singapura
8 – Copenhague, Dinamarca
9 – Berlim, Alemanha
10 – Viena, Áustria